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13/05/2019

Mesmo em tratamento contra o câncer de mama, triatleta não deixa esporte

Helena conta que apesar de todas as dificuldades, o câncer também lhe trouxe ações positivas. Foto: A Crítica


   As adversidades fazem parte da vida de qualquer pessoa. Seja no ambiente de trabalho, em questões financeiras ou até mesmo na saúde. Isso também não é diferente com atletas. Apesar de esbanjarem ótima forma física e qualidade de vida saudável, eles também são suscetíveis às atribulações da vida.

   Este é o caso da funcionária pública, Helena Maia, 37. Praticante de triatlhon desde o ano de 2015, a atleta amadora foi surpreendida, quando recebeu o diagnóstico de câncer de mama, há um ano. A fase da negação e questionamentos apareceu em seus pensamentos, como qualquer outra pessoa.

   “O câncer tem os graus de aceitação. Primeiro é a negação, se pergunta por quê comigo, se sou uma boa pessoa, não bebo, não fumo, pratico exercício e etc. Eu passei por isso e realmente é bem difícil. Mas depois vem a aceitação, onde passamos a lutar, vemos que o câncer tem cura e, consequentemente, a incentivar outras pessoas”, disse.

   Helena teve que passar por uma quadrantectomia no mês de maio, onde foi retirado somente o nódulo e conservado a mama. Em junho, começou o tratamento quimioterapia. Foram 16 seções, sendo quatro vermelhas (mais invasivas) e 12 brancas (menos invasivas). Depois de um intervalo de 20 dias, a funcionária pública iniciou a radioterapia, que foi finalizada no dia 18 de dezembro.

   Mesmo em tratamento intensivo, Helena não conseguia ficar longe da paixão pelo triatlhon. A atleta se manteve sempre fazendo alguma atividade física, o que confessa que a ajudou a passar pelos efeitos colaterais do tratamento de maneira mais fácil.

   “Eu dava uma corridinha, fazia pilates ou pedalava em casa, com a bike parada. Claro que não treinava como antes, porque ficava bastante debilitada e enjoada. O esporte me ajudou bastante na minha recuperação. A turma que fez tratamento comigo, que chamamos de ‘curaterapia’, a maioria não praticava exercício físico. Então, os efeitos adversos da quimioterapia, elas sentiam mais do que eu, pela falta do exercício físico”, explicou a triatleta.


Família e Amigos 

   Além do esporte, o apoio da família e dos amigos também fez a diferença no seu dia a dia. Helena conta que apesar de todas as dificuldades, o câncer também lhe trouxe ações positivas.

   “A minha família me apoiou muito, assim como os meus amigos. O incrível disso tudo, é que o câncer fez com que eu me reaproximasse dos meus amigos. Praticamente todos os dias eu tinha algum amigo na minha casa”, disse.

   “O câncer me trouxe algumas coisas boas: ela me trouxe amigos, que havíamos nos distanciado; estreitou meu laço com os meus familiares; aprendi a acreditar mais em mim e me deu cabelos novos, uma pele nova e cílios novos (risos). Então não foi tão ruim assim”, completou a triatleta.

   A vitória ultrapassou a saúde. Helena disputou no dia 30 de março, o Circuito Amazonense De Triathlon 2019 - Etapa Aquathlon, onde com apenas três meses de treino e fim de terapia, voltou a se desafiar seu próprio corpo.

   “Eu não fiquei nervosa para essa prova. Eu sinceramente fiquei mais ansiosa, porque é um desafio disputar o aquatlon e para mim, era também uma superação a mais, uma conquista pessoal mesmo”, confessou.

   Na semana de combate ao câncer, Helena deixa uma mensagem positiva, a quem passa por esse momento tão delicado da vida.

   “Acredite. Acredite no tratamento, trabalhe a mente e respire. Porque vai ter momentos que você precisa somente respirar. E permita-se viver isso, pois isso vai te transformar em uma nova pessoa. Não só a você, mas quem está ao seu redor também. Essa doença, apesar de ser ruim, ela faz com que amigos se unam, familiares se unam, além de mostrar uma força que você nem sabia que tinha”, concluiu Helena.


Fonte: A Crítica



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