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10/08/2018
Mamas em risco durante o Pré-Natal
Estudo diz que 60% das mulheres não
tiveram as mamas examinadas no pré-natal
Na Semana Mundial de Aleitamento
Materno, um estudo apresenta a realidade vivida por diversas mulheres durante a
gestação. Boa parcela das grávidas entrevistadas afirmou não terem sido
examinadas e também não terem recebido nenhum pedido de exame para as mamas.
Para a Sociedade Brasileira de Mastologia, esses dados representam uma grande
preocupação que merece a atenção das autoridades.
De acordo com o mastologista Anastasio
Berrettini Jr., membro da SBM e coordenador do estudo, a pesquisa foi realizada
em pacientes de 18 cidades da Região Bragantina, que fica a 40 quilômetros de
São Paulo, dentro da maternidade com gestantes e mulheres que acabaram de
ganhar o bebê. “Além da maioria não ter a mama examinada, apenas 20% receberam
orientações sobre a higiene das mamas, o que poderia diminuir as taxas de
mastite (inflamação das mamas) durante a amamentação”, afirma o médico.
Segundo ele, o levantamento foi
concentrado no Hospital Universitário São Francisco, em Bragança Paulista.
“Foram avaliadas 255 pacientes, 92% delas provenientes do SUS e 8% de
consultórios particulares”, explica Berrettini, acrescentando que o exame
físico adequado das mamas deve compreender: a retiradada blusa, examinar a
paciente deitada, palpar as mamas e palpar as axilas.
O Mastologista diz que o estudo também
se ateve a esse detalhe. Das que foram examinadas, 85% tiraram as blusas, 81%
deitaram na maca e 69% e 95% tiveram as axilas e as mamas, respectivamente
examinadas.
No entanto, outro ponto do estudo
chamou a atenção do mastologista. Apenas 37, das 255 entrevistadas, receberam
orientações sobre aleitamento, algo primordial para as mães. “Vale ressaltar
que não são apenas os recém-nascidos que se beneficiam da amamentação. Ela
também é fundamental para a saúde das mães e auxilia na diminuição da chance de
aparecimento do câncer de mama”, alerta o médico lembrando a Semana Mundial de
Aleitamento Materno (1 a 8 de agosto).
Ele enfatiza que as mulheres que
amamentam por um período maior do que seis meses têm menos chances de
desenvolver a doença devido à substituição de tecido glandular por gordura nas
mamas. Além disso, em caso de desenvolvimento de câncer de mama, a amamentação
protege contra os tipos mais agressivos do tumor. “A amamentação é uma proteção
natural para a mulher”, alerta o médico.
Berrettini aponta ainda outros
cuidados que se deve ter durante o período de aleitamento para preservar a
saúde mamária, como evitar tudo que possa sensibilizar a região, ou seja, o uso
de cremes e pomadas nas mamas – que, por hidratar a pele, as deixa mais
sensível às fissuras durante a amamentação. ”Expor as mamas ao sol e ajudar o
bebê a mamar da maneira adequada também previnem machucados e a mastite”,
indica.
Por fim, o mastologista afirma que a
realização das consultas é o único contato da mulher com o serviço de saúde,
momento no qual se devem promover as orientações e cuidados. “Recomendamos o
exame clínico das mamas ao menos uma vez por trimestre. A amamentação ofusca o
diagnóstico precoce do câncer de mama, portanto o exame delas no período da
gravidez é de extrema importância”, conclui.
Retirado do site: https://www.segs.com.br/demais